sexta-feira, 10 de setembro de 2010

AMIGOS!

Estou aqui mais uma vez para dividir com vocês um pouco mais daquilo que acredito ser bom e principalmente, daquilo que faz bem pra qualquer um.
Já falamos aqui de sentimentos nobres como o amor, já falamos sobre ditados populares e muito mais será dito de coisas que acreditamos, pode ser de interesse de muita gente.
Vou me atrever a falar um pouco sobre amizade. Sobre como identificar os verdadeiros amigos.
Poderia simplesmente me ater a consultar o dicionário da língua portuguesa para descrever, com base no conceito ali encontrado o que significam estes vocábulos. Isso, entretanto, não vai dar a dimensão esperada ao que realmente significa ser amigo e ter amigos.
Na verdade, deixo esta tarefa a cargo do próprio leitor, se for de seu interesse, mesmo porque, posso garantir que nos dicionários que tive a curiosidade de consultar, tais vocábulos têm por significado não mais que meia dúzia de palavras.
Uma constante em todos os significados estudados é a utilização da palavra “afeto” para descrever as relações de amizade. Acredito que esta palavra dá apenas um indício para que possamos formar a nossa própria idéia do que seja um amigo de verdade, onde se possa atribuir ao relacionamento estabelecido o nome de “amizade”.
Mas mesmo sem saber certamente o que seja amizade, vou me atrever aqui a fazer uma pergunta: quem é que não tem alguém por quem mantém um sentimento tão intenso, de confiança, carinho, cumplicidade, sinceridade e honestidade, com quem você, apenas de olhar nos olhos, sabe em que está ela pensando? Nem estou falando de relacionamento amoroso, embora acredite que para que seja algo bom, primeiro tem que ser um relacionamento de amizade, ainda que em construção.
Também não estou falando daquele relacionamento amistoso que temos com pessoas com as quais convivemos em nosso dia-a-dia, que normalmente são tratados por colegas, pois acredito realmente que amizade é muito mais do que isso. Muitas vezes convivemos com estas pessoas e até dividimos com elas situações pessoais, como momentos de descontração numa mesa de boteco por exemplo. Algumas delas participam mesmo de nossa vida!
Não é que colegas não possam se tornar bons amigos, mesmo porque, somente conhecendo as pessoas teremos oportunidade de conhecermos novos amigos. Mas como dito, amigo é mais que colega!
Sem querer aqui engessar num conceito pré-fabricado do que seja um verdadeiro amigo, vou exemplificar com uma situação pessoal em que considero caracterizar uma relação de amizade, dentre algumas outras que poderia usar para tentar demonstrar o que seja amizade para mim.
Durante os anos em que freqüentei o meu primeiro curso superior, convivi com um grupo de pessoas bem heterogêneo, de idades e credos variados, mas com objetivos comuns. Inicialmente nos reuníamos pra fazer trabalhos e estudar para as provas e até mesmo para nos ajudar durante a realização delas em sala de aula!
Esta convivência extrapolou os objetivos iniciais de trabalhos e estudos para encontros para um churrasquinho no final de semana, festejar os aniversários dos integrantes do grupo, comemorar as vitórias pessoais, bem como nos amparar nos momentos difíceis...
Ao final do curso éramos conhecidos por “a panelinha”!
Nos formamos e mesmo assim continuamos nos comunicando pra saber notícias. O relacionamento se tornou tão intenso que passamos a ter contato com os pais, namoradas, noivas, esposas e filhos uns dos outros.
Alguns se mudaram e moram hoje a mais de 300 quilômetros de distância... Ainda assim, mesmo não nos falando com aquela frequência que acontecia durante a faculdade, sempre temos notícias pra saber se estão bem. E hoje, com os recursos tecnológicos modernos, ter notícias é fácil. Basta que um mande um email e daí a pouco tempo todos estão sabendo do que está acontecendo. Não é que a distância seja bom, mas se torna suportável diante das necessidades!
Com o passar do tempo e constatando que a realidade vivida de cada um não nos permitiria o mesmo contato, estabelecemos que pelo menos uma vez ao ano nos reuniríamos para registrar e confirmar aquilo que havia iniciado durante a faculdade! Tais encontros acontecem normalmente ao final de cada ano, onde, todos juntos, nos divertimos, conversamos fiado, bebemos, comemos e principalmente, renovamos o desejo que tudo aquilo aconteça novamente.
Nas primeiras reuniões que fizemos o número de pessoas correspondia ao número de ex-alunos da faculdade, que se não me falhe a memória, éramos sete pessoas. Na última reunião de 2009, éramos mais de vinte e cinco pessoas entre ex-alunos, esposas, namoradas e filhos e novos integrantes daquela que agora pode ser chamada de “panelona”. Novas pessoas foram sendo agregadas ao grupo, ainda que num primeiro momento não tivessem o mesmo sentimento daqueles ex-alunos do curso da faculdade, diante da intensidade daquele relacionamento, se viam contagiadas pela energia positiva que é característica dos nossos encontros.
Estes encontros anuais já acontecem a pelo menos quatorze anos!
Já começamos as negociações para o encontro de 2010. Certamente a motivação é geral pelo menos para aqueles ex-alunos do curso da faculdade! Já estamos até pensando que para este ano teremos que contratar alguns monitores, bem como alugar pelo menos uma piscina de bolinhas, já que temos novos jovens integrantes da “panela”!
Acredito que este exemplo possa dar uma idéia daquilo que entendo ser amizade.
Poderia ainda descrever com exemplos outras situações em que acredito ter alcançado novos amigos, cujo relacionamento se iniciaram, por exemplo, num ambiente de trabalho, e que hoje, são pessoas indispensáveis à minha própria história de vida e que, acredito também ser para eles algo com a mesma dimensão. Entretanto, deixo de fazê-lo por acreditar que o exemplo descrito atinge o objetivo inicial de transmitir, de forma simples, o que entendo por amizade!
Finalizando, como não tenho o dom de fazer poesias como tem um grande amigo meu (inveja boa!), vou apenas transcrever um pequeno verso que utilizo como mensagem de apresentação do meu perfil no Orkut:
“Amigos são como o vento...
É impossível prendê-los entre as mãos...
Eles às vezes têm outra direção.
As vezes “furacão“... invadindo nossas vidas...
As vezes “brisa“ ... acariciando nossa Alma ....
As vezes perto...
As vezes longe....
Mas eternamente em nosso coração!”